Prisioneira
Estou cansada, dentro de mim carrego o amor que sinto por ti, que não me pertence. Não o quero para mim, ele contamina o meu coração e envenena a minha alma. É assim que me manténs cativa, por tua causa nunca serei capaz de amar outro alguém. Outro alguém que realmente mereça o que eu tinha para dar. Agora permaneço vazia, concha sem pérola, sem brilho. E tu nada vês, não vês a vida que roubaste, os sonhos, a alma; a dor que causaste. No entanto sabes perfeitamente que me tens e sempre terás, pois não consigo fugir da tua sombra, porque eu sou a tua sombra. A tua pele ainda toca a minha, os teus olhos ainda se derretem nos meus, os teus lábios ainda consomem os meus, assim como o teu corpo e a tua alma. E com muita tristeza declaro que ainda te pertenço.