15 de janeiro - O dia da minha morte

    Ainda sinto falta sabes? Da maneira como me fazias sentir com apenas um sorriso teu, a maneira como os teus lábios me deixavam sem ar e a maneira como fazer amor contigo fazia o meu coração enlouquecer, uma e outra vez. Não entendo as razões que te levaram a por fim á minha vida como eu a conhecia, no entanto continuo a amar-te, se pudesse apagar o que sinto, já o teria feito, mas a triste realidade é que não posso e que não sei se o quereria fazer. Senão me amavas porque te infiltraste tão fundo no meu coração e infetaste todo o meu corpo, todo o meu ser.
   Uma vez por outra, quando penso em ti, ainda consigo sentir aquela dor horrível dentro de mim, o desespero, a tristeza, a loucura, o nó na garganta que não me deixava respirar, o dia em que o meu maior pesadelo se tornou uma realidade, o meu mundo desmoronou e tudo á minha volta deixou de fazer sentido, enquanto os dias passavam e eu via os outros evoluir, e eu continuava a viver no passado, rodeada por memórias que tinha de ti, de nós os dois e dos momentos em que os nossos pensamentos antagônicos tinham criado um abismo entre nós, seria apenas eu a culpada?
      Eu que me tinham visto completamente despida de pudor, segredos, sentimentos, de tudo, por uma relação que estava condenada.
      Tinha confiado demais em alguém sem ambições que prometia viver através de mim, utilizando as minhas qualidades em seu proveito e os meus ideais contra mim.
      Seria mesmo ele a minha alma gémea, se de facto fosse então não estaria algo de realmente errado comigo? Ou com quem o tinha posto no meu caminho? Pois até mesmo eu por momentos sentira que ele era o tal e acabei por ser enganada assim como o resto dos que presenciaram o desenrolar da minha própria tragédia, aquela a qual eu me entreguei e me deixei devorar. Por ela e por ele.

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